“Ações para barrar o aumento da tarifa eu tenho várias, elas estão seguindo os tramites processuais até hoje. Mas eu acredito sim que possa existir um entendimento entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Vamos avaliar o requerimento protocolado pelos deputados e procurar o melhor caminho”, disse a promotora.

A Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) deve se reunir nesta quarta-feira (27) para bater o martelo sobre o tema. O encontro seria na semana passada, mas foi adiado a pedido de vereadores.

Segundo a promotora, ela solicitou até esta quarta que os prefeitos da Grande Goiânia e as empresas de ônibus apresentem ao MP o que de fato está sendo feito por todos para o cumprimento do contrato, que justifique o aumento de R$ 0,30 na passagem.

“O aumento está previsto em contrato, eu já questionei o cumprimento dele. A responsabilidade não é só das empresas em cumprir o que está determinado. Falta vontade política para que cada um cuide da sua parte. Cada uma das prefeituras têm que ter participação e responsabilidade”, afirmou Leila Maria.

A promotora aproveitou a presença dos deputados para pedir que eles discutam a criação de um Fundo de Transportes e também a remodelação do atual sistema.

“Ou você muda a estrutura que existe hoje, ou nada muda. Em parceria a gente consegue trabalhar junto. Estou preparando uma minuta para orientar, esclarecer e ajudar a mudar o sistema que existe hoje, mas só vocês podem aprovar qualquer mudança”, comentou Leila aos deputados.

O deputado Alysson Lima (PRB), representante da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) na CDTC, achou o encontro produtivo.

“Aproveitamos este encontro para discutir vários outros assuntos sobre o transporte. Como deputados, vamos fazer a nossa parte para buscar as melhorias que a população merece. Somos totalmente contra este aumento, por isso viemos ao MP para pedir que a promotora possa pedir ao judiciário que não permita o reajuste”, disse Alysson Lima.

Também participaram do encontro os deputados Eduardo Prado (PV), Paulo Trabalho (PSL), Cairo Salim (Pros) e Humberto Teófilo (PSL).